Desencarne

aonde irei
o que estou vendo
o que estou sentido
o que está havendo
comigo

não tenho
mais corpo
não tenho
mais vida
não tenho
mais destino

mas
se não tenho
corpo
como estou vendo
se não tenho
vida
como tenho sensações
se não tenho
destino
para aonde estou indo!?

que estranho
sinto me livre
como jamais fui
sinto sem a máscara
como jamais estive
sinto me vivo
como jamais senti

Já sei,
superei a dimensão física
meu corpo perdeu a vida
a última de fluído vital
acabou

um novo começo
o que fiz, não posso concertar
o que não fiz, não posso mais fazer
o que deixei de fazer, não será feito

o que farei?

continuarei...


Tiago de Lima Castro

Escrevi essa poesia em: 14/02/2005 para o saudoso Parlatorium (What a Hell...) 

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